Entrei nesse mundinho da comunidade literária em 2015, maravilhada com a possibilidade de criar um blog, lançar histórias no Wattpad, entrar em grupos de leitores de fantasia no Facebook.
"Autores sendo “retirados do armário”, gatekeepers em cada esquina, o que você pode ou não pode em gêneros literários que historicamente abraçavam a contravenção. A demonização do simplesmente não saber opinar sobre um assunto que lhe compete e preferir ficar calado (Glória Pires se daria muito mal no Twitter). A higienização dos livros, a cobrança para que nossos gostos se adequem a uma perfeição inatingível. E tudo isso girando enquanto, ao fundo, por trás das cortinas, uma lógica mesquinha de divulgação escolhe quem é ou não é relevante."
esse é o mundo pós-apocalíptico das redes, e a gente tentando se virar no meio disso tudo. Obrigado pelo texto e por me ajudar a organizar tão bem esses sentimentos!
Eu comecei a brincar de escrita (não só de escrita, mas influencer num geral) e me deparei com esse cenário que você descreveu.
Tanto se alerta para os perigos de se virar um produto e nós abraçamos sem pestanejar esse novo molde de vida. Quase uma construção de arquétipos modernos em que se agarra para viver uma vida que não é sua, ou que você almeja (filosofei agora).
Sinceramente, não sei muito bem para o que escrevo. Desanima essa ideia de virar um produto. Me resta escrever porque eu gosto mesmo!
Muito bacana o seu texto! Muito sucesso nessa jornada :)
Fernanda, ter *senso de realidade* nestes dias confusos e que nos forçam à exaustão é para poucos.
Nassim Taleb nos ensina sobre o viés do otimismo e outros semelhantes, que alimentam nossas necessárias ilusões. É da evolução e seus mecanismos nos poupar de muito dissabor...
Ver com clareza, fazer troça da própria condição e ter dúvidas quanto ao que fazer é resultado de muita força interior e coragem para prosseguir.
Por vezes, é necessário consertar o estrago, buscar operar por uma outra lógica, chutar o pau da barraca!
Para a nossa saúde mental (ou para preservar a própria pele) é necessário, por vezes, fazer um detox geral, para depois retomar a jornada.
Eu não leio nada tão real há muito tempo. Me identifiquei em cada palavra e queria comentar cada parágrafo. Obrigada (mas não sei bem se a gente agradece por essas coisas pq elas dão desespero).
É, eu penso muito nisso. O que eu escrevo já não acho lá essas coisas, imagina eu sendo muito fechado, quase sem vida social. Pior ainda, as redes sociais não são mais voltadas pra textos, e sim pra vídeos. Eu não tenho ideia de como ter um público
"Autores sendo “retirados do armário”, gatekeepers em cada esquina, o que você pode ou não pode em gêneros literários que historicamente abraçavam a contravenção. A demonização do simplesmente não saber opinar sobre um assunto que lhe compete e preferir ficar calado (Glória Pires se daria muito mal no Twitter). A higienização dos livros, a cobrança para que nossos gostos se adequem a uma perfeição inatingível. E tudo isso girando enquanto, ao fundo, por trás das cortinas, uma lógica mesquinha de divulgação escolhe quem é ou não é relevante."
esse é o mundo pós-apocalíptico das redes, e a gente tentando se virar no meio disso tudo. Obrigado pelo texto e por me ajudar a organizar tão bem esses sentimentos!
Eu comecei a brincar de escrita (não só de escrita, mas influencer num geral) e me deparei com esse cenário que você descreveu.
Tanto se alerta para os perigos de se virar um produto e nós abraçamos sem pestanejar esse novo molde de vida. Quase uma construção de arquétipos modernos em que se agarra para viver uma vida que não é sua, ou que você almeja (filosofei agora).
Sinceramente, não sei muito bem para o que escrevo. Desanima essa ideia de virar um produto. Me resta escrever porque eu gosto mesmo!
Muito bacana o seu texto! Muito sucesso nessa jornada :)
Fernanda, ter *senso de realidade* nestes dias confusos e que nos forçam à exaustão é para poucos.
Nassim Taleb nos ensina sobre o viés do otimismo e outros semelhantes, que alimentam nossas necessárias ilusões. É da evolução e seus mecanismos nos poupar de muito dissabor...
Ver com clareza, fazer troça da própria condição e ter dúvidas quanto ao que fazer é resultado de muita força interior e coragem para prosseguir.
Por vezes, é necessário consertar o estrago, buscar operar por uma outra lógica, chutar o pau da barraca!
Para a nossa saúde mental (ou para preservar a própria pele) é necessário, por vezes, fazer um detox geral, para depois retomar a jornada.
Grato por sua partilha!
Eu não leio nada tão real há muito tempo. Me identifiquei em cada palavra e queria comentar cada parágrafo. Obrigada (mas não sei bem se a gente agradece por essas coisas pq elas dão desespero).
Como amo seus textos!! Igualmente doida com
essa vida intensa digital: ✅
É, eu penso muito nisso. O que eu escrevo já não acho lá essas coisas, imagina eu sendo muito fechado, quase sem vida social. Pior ainda, as redes sociais não são mais voltadas pra textos, e sim pra vídeos. Eu não tenho ideia de como ter um público