Escrevo essa newsletter da praia, mais especificamente de Muro Alto, meu lugar favorito no litoral de PE, bem ao lado do Porto de Suape. Enquanto tomamos banho e enfiamos o pé na areia, vemos os cargueiros ao fundo chegando com os contêiners, as toneladas de aço nas tubulações da antiga refinaria, as chaminés de fogo interminável. A discussão dentro d'água gira em torno de como a praia está a um fio da destruição, bastaria um vazamento qualquer, um erro qualquer.
Eu tô nesse momento passando um fim de semana na casa de um amigo brasileiro, em Londres. Ele trabalha na BBC, videojornalista, e eu moro em Munique. Estávamos conversando exatamente sobre a diferença do brasileiro quando se depara com um problema: "matamos no peito, manda que a gente resolve", versus o "impossible" (e "unmöglich") dos europeus. Todo novo problema — crítico, grave, impossível — pra gente vira um "problema??? Vocês nunca viram um problema de verdade".
Excelente texto, que deveria ser estudado por quem se especializa em "gerenciamento de crise" (policiais, bombeiros e outros aguerridos senhores da prevenção e do controle de situações-limite!). Muito a se pensar!
Já fiquei pensando nisso um bocado também, a gente parece q tem uma resiliência de se acostumar com qualquer coisa enquanto segue vivendo (dá umas surtadas qnd esse acostumar passa? dá sim k k k k kk ). A vibe q isso representa o br mais que futebol e samba :')
Mano, que texto.
Eu tô nesse momento passando um fim de semana na casa de um amigo brasileiro, em Londres. Ele trabalha na BBC, videojornalista, e eu moro em Munique. Estávamos conversando exatamente sobre a diferença do brasileiro quando se depara com um problema: "matamos no peito, manda que a gente resolve", versus o "impossible" (e "unmöglich") dos europeus. Todo novo problema — crítico, grave, impossível — pra gente vira um "problema??? Vocês nunca viram um problema de verdade".
Nossa, você tem um jeito com as palavras! Que texto bonito.
Excelente texto, que deveria ser estudado por quem se especializa em "gerenciamento de crise" (policiais, bombeiros e outros aguerridos senhores da prevenção e do controle de situações-limite!). Muito a se pensar!
A mais profunda realidade.
É tanta história ouvida e vivida que torna as coisas normais. O medo se torna parte até fingirmos que não existe.
Já fiquei pensando nisso um bocado também, a gente parece q tem uma resiliência de se acostumar com qualquer coisa enquanto segue vivendo (dá umas surtadas qnd esse acostumar passa? dá sim k k k k kk ). A vibe q isso representa o br mais que futebol e samba :')
Jesus amado que texto foi esse! Me fez pensar mta coisa, mas no momento tô só processando kkkk mto bom😘
Ansiosostê! Hehehe mas é isso, se parar pra pensar, a ansiedade devora hoje. Então melhor tentar viver de pirraça até quando o desastre vier.